terça-feira, 22 de junho de 2010

COLHEITA


Plantei meu pé de rosa,
No jardim entre mil flores,
Da beleza brotou
espinhos,
Do perfume , meus amores.

Plantei meu pé de lírio,
Que no pântano fez morada.
Do lodo surgiu o delírio,
Da tristeza a revoada.

Plantei o meu jasmim,
Simples,
Belo
Em meio ao nada.
Do nada se fez tudo,
Do tudo a alvorada.

Plantei meu pé de ópio.
Bem na beira da estrada,
Dos caminhos desta vida,
Em plena madrugada.

P.S.: Como diz meu grande amigo, o poeta Rodrigo de Souza (Do qual, vocês - futuras gerações - muito ainda ouvirão falar), o poesia por ser uma obra de arte, deve estar sempre em construção. No que passei a acreditar piamente após longa análise.
O poema COLHEITA (musicalisado por mim também em sua terceira 'lapidada'), só foi puclicado neste blog por que tomei a iniciativa de reconstruí-lo ao longo do tempo. Por que guardar o sentimento que já se teve, que já fluiu e pode voltar a fluir se nada está pronto?...

Portanto, apreciem esta forma que por sinal já está na terceira reconstrução e continuará.[Em contrução eterna]


Osmar Lima

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